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Oct. 23, 2017, 9:55 a.m.
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Atlas Obscura usa realidade virtual para transportar leitor a lugares distantes e exóticos do mundo

“Queremos poder contar essas histórias sobre esses lugares e incutir nas pessoas esse sentimento de admiração e encantamento pelo mundo ao redor em muitos meios diferentes”.

O Atlas Obscura construiu sua marca em torno da missão de ajudar as pessoas a descobrir o mundo real. Agora, o blog de viagem está experimentando em trazer essa mentalidade para o mundo virtual também.

O site lançou há poucos meses a primeira temporada do Atlas Obscura VR, uma série de vídeos de realidade virtual que permitem que leitores explorem locais exóticos, como os Templos de Damanhur no norte da Itália, as Minas de Sal da Salina Turda, a Transilvânia e a Casa de Mistério Winchester na Califórnia. Os vídeos, projetados para o Galaxy Gear VR da Samsung e produzidos pelo Oculus de propriedade do Facebook, são criados em torno da interatividade: os usuários podem escolher seus próprios caminhos durante as experiências, descobrindo segredos e rotas enquanto exploram os ambientes virtuais. Os três locais principais são acompanhados por algumas dúzias de outros lugares, juntamente com fotos e áudio.

A série de realidade virtual é um esforço experimental para ampliar a marca Atlas Obscura em um espaço que parece particularmente adequado. Enquanto o site tem falado sobre investir em realidade virtual há algum tempo, foi somente quando o Oculus se juntou ao StartVR que o Atlas Obscura conseguiu dar partida nessa empreitada. “Queremos poder contar essas histórias sobre esses lugares e incutir nas pessoas esse sentimento de admiração e encantamento pelo mundo ao redor em muitos meios diferentes”, disse Dylan Thuras, cofundador do site e apresentador dos vídeos de realidade virtual. “É sempre assim que sentimos quando temos maior sucesso”.

Embora a abordagem do Atlas Obscura se preste bem ao poder da realidade virtual, Thuras confessou que há alguma tensão entre a tecnologia e a missão do site. O Atlas Obscura, disse ele, funciona melhor quando “as pessoas realmente saem no mundo e têm uma experiência, seja com a gente ou usando o site para encontrar algo incrível”. Os óculos de realidade virtual, por outro lado, tendem a permanecer dentro de casa, e seu uso pode prejudicar os usuários que estão na rua.

O Atlas Obscura, no entanto, busca compensar essa dissonância cognitiva. Enquanto a missão principal do site é encorajar o leitor a ver o mundo, muitos locais são perigosos e difíceis de chegar (como a Ilha da Queimada Grande, em Peruíbe, São Paulo) ou fechados para turistas. Esses tipos de lugares podem ser perfeitos para os projetos de realidade virtual do Atlas Obscura e uma maneira eficaz para o site experimentar a tecnologia enquanto permanece fiel à sua missão.

Há também a realidade de que nem todos os leitores podem se dar ao luxo de visitar os lugares que veem no site. “Nem sempre é fácil pular em um avião e passar uma semana em um culto ecológico nas colinas dos Alpes”, disse Thuras, referindo-se aos Templos de Damanhur.

O investimento do Atlas Obscura vem apesar da crença de Thuras de que a tecnologia é “ainda uma experiência extremamente estranha para a maioria das pessoas”. Apesar do modismo, os acessórios de realidade virtual estão nas mãos de apenas 5 por cento da população americana que usa a internet, de acordo com a Web Global Index. E ainda não existe uma experiência única de realidade virtual. Enquanto alguns adotadores iniciais correram para comprar apetrechos de alta qualidade como o Oculus Rift, são os dispositivos pequenos e baratos, como o Google Cardboard, que as pessoas comuns têm acesso. A grande maioria das pessoas não experimentou a realidade virtual. “É um cenário realmente confuso no momento”, disse Thuras, comparando a tecnologia hoje com os primeiros dias dos incômodos celulares gigantes.

Deixando a realidade virtual de lado, Thuras disse que pode haver mais potencial para o Atlas Obscura com a realidade aumentada, que obteve comparativamente menos manchetes, mas pode ser mais acessível para a maioria das pessoas e mais em linha com o que as organizações de notícias já fazem. O site poderia, por exemplo, usar realidade aumentada para criar sobreposições visuais para mostrar informações ao usuários sobre suas localizações atuais, bem como outros locais interessantes nas proximidades. Não é uma ideia inteiramente nova para o Atlas Obscura. O site experimentou algo semelhante em 2013 com o Google Field Trip, que se associou a publicações como o Atlas Obscura para apontar aos usuários locais interessantes ao seu redor.

A realidade aumentada também é muito mais acessível aos usuários. Embora os óculos de realidade aumentada para o consumidor comum ainda estão em desenvolvimento na Apple e em outros lugares, as plataformas de realidade virtual incorporadas nas últimas versões do iOS e do Android já estão ajudando sites como o Quartz e o Wall Street Journal a usar a tecnologia em seus aplicativos.

“Nossa razão de existência é ajudar as pessoas a encontrar experiências maravilhosas em seus ambientes, mostrar que há histórias e lugares incríveis a um quarteirão deles”, disse Thuras. “Ser capaz de fazer isso de uma maneira que interaja facilmente com o ambiente real seria realmente incrível. O Atlas Obscura poderia ser uma voz no seu ouvido.”

The Portuguese version of this story was originally published at IJNet.

Visualization of Wikipedia edits by Fernanda Viégas used under a Creative Commons license.

POSTED     Oct. 23, 2017, 9:55 a.m.
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