Nieman Foundation at Harvard
HOME
          
LATEST STORY
Screenshots are one big winner of Meta’s news ban in Canada
ABOUT                    SUBSCRIBE
Aug. 24, 2017, 9:39 a.m.
Reporting & Production

Site mexicano apresenta nova abordagem para fazer notícias virais

O Pictoline provou não só ser sustentável mas também lucrativo: em 2016, ganhou cerca de US$1 milhão em receita.

Se você já ouviu falar do Pictoline é porque pode ter visto os gráficos divertidos do site aparecerem em seu Twitter, Facebook e Instagram nos últimos dois anos. Identificável por seus curiosos explicadores visuais — chamados de “bacon” como uma brincadeira com o mascote porco da empresa — distribuídos em plataformas de redes sociais, a empresa com sede em México encontrou um modelo de negócios bem-sucedido com conteúdo patrocinado para apoiar seu foco intensivo em arte.

O Pictoline foi fundado em 2015, quando explodiu na cena das redes sociais com animações e explicadores curtos de estilo cômico como notícias locais, cartazes de desenhos animados e histórias visuais baseadas em dados que rapidamente ganharam uma audiência em massa (sua página do Facebook, por exemplo, tem mais de 2,5 milhões de seguidores).

O Pictoline provou não só ser sustentável mas também lucrativo: em 2016, ganhou cerca de US$1 milhão em receita, disse um dos seus cofundadores Gustavo Guzmán.

A popularidade do Pictoline vem do seu foco em se destacar das informações disponíveis online, de acordo com o cofundador e diretor artístico Eduardo Salles. Para competir pelo tempo das pessoas online, as imagens provaram ser o recurso perfeito.

“A ilustração tende a ser concebida como um complemento do texto, como um complemento agradável. Para nós, as imagens são mais do que isso: nossas ilustrações são o conteúdo em si”, disse ele. “O Pictoline recorreu a vários formatos: cartazes, charges políticas, animações, cartões, vinhetas com estilo, infografia, GIFs, conteúdos habilitados para plataforma, como o carrossel no Instagram.”

Salles lembrou uma conversa com o editor-chefe do BuzzFeed, Ben Smith, que ficou na cabeça dele, sobre os meios favoritos dos sites nos Estados Unidos: “Ben me disse que eles passaram de texto para vídeo, e que ilustrações foram um passo do meio ignorado. “Na América Latina, com conexões 3G e velocidades de internet mais lentas, as imagens são mais rápidas do que os vídeos, disse Salles, explicando que foi um fator importante no sucesso do Pictoline.

O Pictoline cobre muitos tópicos: cultura pop, como funciona o cérebro, ecologia, política local e internacional, arte e hashtags de tendências diárias. Eles transmitem uma combinação de notícias de última hora e informações relevantes ao que está acontecendo, juntamente com as postagens de sempre. Suas produções tendem a ser mais de esquerda e atraem um público em grande parte da geração do milênio. Os fundadores do Pictoline não esperam que o site se torne uma organização de notícias, mas uma empresa que projeta informações visuais para diferentes fins, como educação ou consciência de marca.

Como o Pictoline não é propriamente um site jornalístico, depende de outras fontes de mídia de notícias para suas histórias. O material que alimenta suas postagens pode vir de mídias sociais, sites de notícias dos EUA e do Reino Unido, publicações em espanhol, instituições acadêmicas e científicas, Google Trends e também canais informais, como grupos do WhatsApp e “pessoas na rua” na Cidade do México.

Até agora, eles estão colaborando com dois parceiros para a criação de conteúdo editorial: a Unicef e o New York Times. Trabalhando com o New York Times em Español, o Pictoline foi responsável por uma animação no início de 2016, explicando as primárias de New Hampshire nos EUA e uma explicadora na Super Tuesday. Produziu cartões ilustrados para as “36 Perguntas que levam ao amor”.

Mais recentemente, o Pictoline e o Times colaboraram em uma matéria gráfica sobre a crise na Venezuela e a expulsão do correspondente do Times Nick Casey do país. Salles disse que eles escolheram o Times como parceiro porque compartilham o compromisso semelhante com a verificação de fatos, reforçando a credibilidade da organização. O Pictoline ajudou a Unicef com a campanha “Adesivos para a Síria”, destinada a angariar dinheiro e gerar conscientização.

Falando de negócio

O Pictoline testou várias fontes de receita ao longo de sua existência, mas o conteúdo patrocinado provou ser o mais bem-sucedido. O Pictoline é capaz de operar como uma agência criativa, de acordo com Guzmán. Oferece aos anunciantes com quem trabalha uma ilustração da marca, distribuição desse conteúdo em suas redes sociais populares e direitos sobre a ilustração para que o anunciante publique nos seus próprios canais.

“O processo geralmente corre muito bem”, disse Raúl Pardo, ilustrador do Pictoline. “Nós desenvolvemos um instinto. Somos muito reativos às conversas sociais e pegamos rápido onde o vento sopra.”

A equipe inteira é pequena, considerando a carga de trabalho: um total de 16 pessoas trabalham no Pictoline, incluindo ilustradores, editores, escritores, estrategistas de redes sociais, desenvolvedores e vendedores. Eles produzem pelo menos quatro artigos de conteúdo por dia, gerando em mais de 1.500 artigos desde o lançamendo do Pictoline. (A soma inclui publicações editoriais, bem como posts pagos).

Com base em seu sucesso no México e em toda a América Latina em língua espanhola, os planos do Pictoline para o futuro visam expandir internacionalmente. Eles permanecem otimistas sobre a possibilidade de conquistar uma audiência dos EUA, seja de olho na população inteira de forma mais ampla ou focando na audiência hispânica de lá. Salles disse que o Pictoline também está interessado em alcançar o Brasil em língua portuguesa e Guzmán também mencionou a China em mandarim e a Índia em hindí — todos grandes mercados com conexões de internet às vezes mais lentas, onde as imagens podem ser menos consumidoras de dados do que vídeos.

A empresa também está lançando um programa de “embaixador” para trazer talentos de outros países para o México. Através deste programa, eles convidam ilustradores de outros países para que possam colaborar com talentos de fora em novas ideias, e esses embaixadores podem aprender com a abordagem do Pictoline em troca.

“Gostaríamos de nos tornar globais no final de 2017 e no início de 2018”, afirmou Salles.

Translation by IJNet. This article was originally published in English here.

POSTED     Aug. 24, 2017, 9:39 a.m.
SEE MORE ON Reporting & Production
Show tags
 
Join the 60,000 who get the freshest future-of-journalism news in our daily email.
Screenshots are one big winner of Meta’s news ban in Canada
“We observe a dramatic increase in posts containing screenshots of Canadian news stories in the post-ban period.”
This year’s Pulitzer Prizes were a coming-out party for online media — and a marker of local newspapers’ decline
For the first time ever, more online news sites produced Pulitzer finalists than newspapers did.
Most Americans say local news is important. But they’re consuming less of it.
Just 15% of Americans paid or gave money to a local news source in the past year, according to new research from the Pew-Knight Initiative.